A comunicação digital atual é uma agregação de diversas componentes: hardware variado, plataformas diversificadas, canais de comunicação diferenciados e tipos de conteúdo multimédia.
Em termos de hardware os dispositivos móveis são cada vez mais relevantes perante o computador. Como plataformas, as redes sociais são cada vez mais o principal canal de comunicação com as audiências, potenciando o tráfego para sites e blogues, mas canais de distribuição digital tradicionais, como o email e as newsletters, readquirem uma grande importância na relação produtor-consumidor. E se no início era (apenas) o texto, este é cada vez mais parte de construções multimédia diferenciadas, integrando imagem, vídeo, áudio e interatividade.
Comunicar em 2018 tem de ter em conta todas essas variáveis, mas, principalmente, que cada leitor (de informação, não apenas de texto) tem necessidades de informação diferentes. Isso impõe como obrigatório o uso de linguagem adequada a cada pessoa, tanto escrita como multimédia. E a principal atenção tem de ser colocada no consumo não linear de conteúdos: cada leitor salta de conteúdo em conteúdo em busca de respostas, e cabe a quem comunica ser capaz de satisfazer as necessidades e desejos das audiências.
Apenas do ponto de vista do consumo, é importante ter sempre presente que ele se faz através de plataformas diferentes (PC, tablet, smartphone, etc.), com objetivos diferentes
(notícias, entretenimento, resposta a questões, informação geral ou contextual, etc.) e em contextos diferentes (trabalho, lazer, estudo, etc.).
Menos tempo para consumir mais conteúdos gera necessidade de ter respostas rápidas e eficazes. O público quer saber logo se vai encontrar a resposta que procura: se for interessante continua a ler, se não “vai embora”. E não se esqueça que a quantidade de informação disponível é tão grande que a seleção é impiedosa.
E, antes de comunicar, deve definir uma estratégia de conteúdos. Talvez possa começar tentando responder às quatro seguintes questões, que podem ajudar a compreender o que o público quer de si: Consumir? Interagir? Publicar? Partilhar?